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CEO da Coinbase avalia possibilidade de Bitcoin a US$ 1 milhão

Apesar de um cenário desafiador nos últimos tempos, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, acredita que o Bitcoin pode alcançar US$ 1 milhão até 2030. Em uma postagem nas redes, ele citou três fatores que poderiam impulsionar essa previsão: uma regulamentação clara, a adoção por governos e um fluxo de investimentos institucionais que ainda estão na expectativa.

Armstrong ressaltou avanços importantes em Washington, onde legisladores estão debatendo novos projetos, como o GENIUS Act, que trata das stablecoins. Isso pode ser decisivo para esclarecer se as criptomoedas ficarão sob a supervisão da SEC ou da CFTC, algo que traz esperança para o futuro do setor. Ele também sugeriu que os EUA criem uma reserva estratégica de Bitcoin, o que poderia incentivar outros países a fazerem o mesmo, aumentando assim a demanda global pela criptomoeda.

O Impacto das Condições Macroeconômicas

Embora o otimismo sobre o Bitcoin a US$ 1 milhão seja palpável, o sentimento atual no mercado é influenciado por muitos riscos macroeconômicos. A postura cautelosa do Federal Reserve tem fortalecido o dólar americano, que, por sua vez, acaba pressionando os ativos de risco, como o Bitcoin. Recentemente, após um pequeno corte nas taxas de juros, o presidente Jerome Powell mencionou que não haverá flexibilização rápida, indicando uma necessidade de equilíbrio entre o controle da inflação e o desempenho fraco do mercado de trabalho.

Além disso, situações de conflito ao redor do mundo, como os que estão acontecendo na Ucrânia e em Gaza, têm feito muitos investidores buscarem ativos de proteção, dificultando a atração de novos investimentos para o Bitcoin.

Análise Técnica do Bitcoin

Em termos de mercado, o preço do Bitcoin está atualmente dentro de uma tendência de baixa. As médias móveis de 50 e 100 períodos cruzaram em um sinal de venda próximo de US$ 114 mil, o que reflete a fraqueza no curto prazo. O suporte atual é testado em US$ 110.858, e se os vendedores continuarem dominando, há possibilidade de queda para US$ 109.469 e até US$ 107.633.

Por outro lado, alguns indicadores técnicos mostram que o Índice de Força Relativa caiu para 36, o que está se aproximando da área de sobrevenda. Um possível padrão de reversão, como um engolfo de alta ou um Doji perto de US$ 111 mil, poderia sinalizar um cansaço dos vendedores e abrir espaço para uma recuperação.

Se o Bitcoin conseguir romper a resistência em torno de US$ 112.600, poderemos ver um movimento rápido em direção a US$ 114 mil e quem sabe até chegar a US$ 115.185. Para os investidores, a estratégia pode ser acumular perto de US$ 111.000, ajustando ordens de stop abaixo de US$ 107.600, com um objetivo de alta nessa faixa de preço.

Reflexão Final

A previsão de Armstrong para o Bitcoin é realmente ambiciosa, mas não é impossível. Uma regulamentação clara e uma maior adoção por instituições podem, de fato, transformar o Bitcoin em um ativo ainda mais valorizado globalmente. Porém, o curto prazo continua trazendo incertezas, especialmente por conta da política do Fed e as tensões geopolíticas.

Portanto, por mais que as oscilações continuem a fazer parte da trajetória do Bitcoin, o foco no longo prazo parece ser o caminho mais sensato. É um período onde a paciência e uma boa estratégia são essenciais para aqueles que buscam investir.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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